SOBRE ESTE ESTUDO

COMO PRODUZIDOS ESTE RELATÓRIO

Este relatório foi produzido pela SembraMedia Com suporte da Omidyar Network

De dezembro de 2016 a abril de 2017, uma equipe de pesquisadores conduziu entrevistas de duas horas com fundadores e diretores de 100 startups de mídia digital, 25 de cada um destes quatro países – Argentina, Brasil, Colômbia e México.

Sete pesquisadores (quatro homens e três mulheres) trabalharam neste extensivo projeto de pesquisa (suas biografias estão incluídas no fim deste relatório). Eles foram escolhidos em razão de sua experiência como pesquisadores, jornalistas digitais e empreendedores. Suas conexões pessoais com os fundadores de mídias digitais em seus países foram cruciais para ganhar a confiança dos empreendedores entrevistados.

Em sessões confidenciais, foi assegurado aos participantes que informações financeiras e outros dados seriam mantidos em segredo e que somente as principais constatações seriam compartilhadas publicamente. A maioria das entrevistas foi realizada pessoalmente (algumas por telefone).

Todas as entrevistas foram conduzidas na língua materna dos entrevistados (espanhol ou português) e em seguida traduzidas para o inglês para serem utilizadas neste relatório.

Em cada entrevista, os pesquisadores fizeram as mesmas 130 perguntas, pensadas para revelar características internas dessas impressionantes organizações jornalísticas. As perguntas foram divididas em seções que trataram de impacto, desafios, modelos de negócios, equipes e gestão, audiência e inovação.

As entrevistas pessoais, os tipos de perguntas e as conexões pessoais dos nossos pesquisadores nos permitiram obter dados mais consistentes, ir mais a fundo nas despesas e receitas e, assim, produzir este estudo, que vai além de qualquer outra pesquisa realizada até então sobre os empreendedores de mídia na América Latina.

“Nós acreditamos que estudar os modelos de negócios em uso por empreendedores digitais latino-americanos pode nos ajudar a identi car maneiras de fortalecer o ecossistema.

Estamos desenvolvendo cursos e eventos porque acreditamos que fazer com que jornalistas empreendedores falem de dinheiro com transparência é uma das chaves para que eles estejam prontos para tirar proveito de oportunidades.”


Mijal Iastrebner

Co-fundadora e diretora administrativa SembraMedia

Metodologia

Das 100 organizações pesquisadas, 90 responderam todas as questões, 10 recusaram-se a fornecer informações financeiras confidenciais. Depois de analisar este rico conjunto de dados, fomos capazes de identificar oportunidades, tendências e modelos de negócios emergentes.

Nós complementamos alguns dados com recursos de terceiros para fornecer contexto e consistência.

Usamos relatórios de tráfego do site SimilarWeb para assegurar números mais consistentes para comparações mais detalhadas. Também usamos a ferramenta Ghostery para identificar o uso de tags de anúncios a fim de determinar a participação em plataformas de anúncios.

Como os meios nativos digitais foram escolhidos

Os projetos de jornalismo empreendedor estudados foram selecionados porque eles fornecem uma amostra representativa em termos de tamanho, influência, sofisticação tecnológica, inovação e/ou dedicação ao jornalismo de qualidade na América Latina em 2016.

A pesquisa também selecionou um mix de cobertura de áreas geográficas: 44% consideram-se internacionais; 63%, nacionais; 23%, hiperlocais ou provinciais (alguns sites identificam-se com mais de uma categoria).

Estudo aprofunda pesquisa de mercado inicial feita por SembraMedia 

A pesquisa preliminar deste estudo foi feita por SembraMedia, uma organização sem fins lucrativos dedicada a dar apoio a empreendedores digitais, lançada em outubro de 2015.

Antes de realizar este estudo, SembraMedia levou 14 meses desenvolvendo um diretório de pesquisa com mais de 600 nativos digitais em 19 países.

O critério de seleção usado para escolher os 100 projetos neste estudo foi baseado no critério usado por SembraMedia para inclusão neste diretório, o qual foi desenvolvido ao longo de vários meses por uma equipe internacional de jornalistas. (O critério para inclusão está disponível em inglês e espanhol no site SembraMedia.org).

Os estudos sobre nativos digitais no Brasil foram selecionados pelo pesquisador responsável que estudou nativos digitais in loco nos últimos cinco anos. Nós também usamos como base no trabalho da Agência Pública e seu mapa de jornalismo independente no Brasil.

Como os dados foram coletados e analizados

Após cada entrevista, os resultados foram inseridos no SurveyMonkey, que foi usado como um repositório central para os dados coletados pelos nossos pesquisadores. Uma equipe de quatro analistas revisou os dados e desenvolveu as constatações e insights deste estudo. Suas biografias estão o fim deste documento. Os analistas gastaram vários dias traduzindo os dados do espanhol e do português para o inglês, e em seguida importaram os principais segmentos para o Excel a fim de fazer análises, cálculos e comparações mais aprofundadas.

Convertendo quatro moedas para o dólar

Os pesquisadores coletaram dados de receita e gastos de 2016 na moeda do país onde conduziram a pesquisa. Os analistas converteram estes dados financeiros com base na taxa cambial média de 2016, usando taxas fornecidas pelo Banco Mundial. A única exceção foi a categoria de investimento inicial. Neste caso, a taxa cambial utilizada foi baseada no ano em que o projeto foi criado.

Sites estudados foram organizados em quatro níveis

A idade, o tamanho da audiência e a receita dos nativos digitais estudados varia significativamente. Alguns foram lançados em 2016, outros há mais de uma década. Alguns informaram mais de um milhão de dólares em receitas, enquanto outros informaram não gerar receita alguma.

Para lidar melhor com essas diferenças, a maioria dos números usados neste relatório foi calculada como medianas e não como médias.

Depois de analisar dados das 90 organizações que responderam as perguntas financeiras, quatro níveis distintos emergiram dentre os quatro países. Uma vez que encontramos uma forte correlação entre tráfego e receita, determinamos que o melhor modo de categorizá-los era começar pela receita total, e então levar em consideração o tamanho da audiência, as três principais fontes de renda, foco do conteúdo e idade. Nós também estudamos o tamanho e a estrutura das equipes.

Para evitar distorção nessas categorias, removemos seis organizações com dados muito discrepantes dessa parte da análise, incluindo Linguoo, que é primordialmente um aplicativo móvel; dois sites que tinham uma única e significativa fonte de receita; e três que só publicam informações nas redes sociais. Eles estão incluídos em outras seções deste relatório.

A equipe

Diretoras do projeto

Janine Warner

Mijal Iastrebner

Pesquisadores

Dulce Ramos

Jordy Meléndez

Ernesto Aroche

Mauricio Jaramillo

Sérgio Lüdtke

María Eugenia Álvarez

Assesoras estratégicos 

Adriana Peña Johansson

Patricia Torres-Burd

Omidyar NETWORK

Felipe Estefan

 

Editores

David LaFontaine

James Breiner

Edição de traduções

Em Espanhol

Maria Virginia Portillo Decán

Sebastián Auyanet

Olivia Sorh

Em português

Sandra Schamas

Priscila Brito

Desenhadores

Agurtzane Urrutia

Sabrina Saladino

Beth Renneisen

Uma amostra das referências consultadas sobre a mídia latino-americana e nativos digitais

Apesar de acreditarmos que este estudo representa a mais abrangente pesquisa sobre nativos digitais na América Latina, queremos dar crédito ao trabalho de pesquisadores e organizações que estudaram no passado este mercado em desenvolvimento.

Segue abaixo uma parte destes estudos, relatórios e livros que consultamos durante o desenvolvimento da nossa pesquisa e a produção deste relatório.

Anderson, K. (2017). Beyond the article: Frontiers of editorial and commercial innovation. Digital News Project. Reuters Institute for the Study of Journalism. Retrieved from http://reutersinstitute.politics.ox.ac.uk/publication/beyond-article-frontiers-editorial-and-commercial-innovation

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